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O general, a catedral e o “filósofo”: reflexões acerca do papel do medievalista diante de seus novos públicos

Construir explicações plausíveis e éticas acerca do passado humano tendo como base a documentação disponível. Esta é a função primordial do historiador. Todavia, ao longo da história, percebe-se que tal premissa nem sempre norteou a construção das narrativas daqueles que tomaram o passado como objeto de pesquisa. Manipulações com vistas à construção de ideologias (muitas vezes preconceituosas e violentas) foram recorrentes, sobretudo em momentos de crise econômica e consternação social. Em relação a períodos mais distantes e desconhecidos por parte do grande público, como a Idade Média, tais ações ganham ainda mais força. Com o advento e avanço das redes sociais, as possibilidades tornaram-se praticamente infinitas. Analisar algumas das formas pelas quais o passado medieval foi tomado com intenções voltadas para contextos específicos da atualidade, assim como as relações de força por trás desses usos é a proposta central deste trabalho que também destaca a necessidade do historiador compreender e dialogar com seus novos públicos a partir de novas linguagens.

Citação completa

LANZIERI JÚNIOR, Carlile. O general, a catedral e o "filósofo": reflexões acerca do papel do medievalista diante de seus novos públicos. Saeculum, João Pessoa, v. 24, n. 41, p. 35-47, jul./dez. 2019.