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As tapeçarias de Pastrana e a expansão portuguesa: a construção de uma narrativa épica

O contexto principal de nossa análise refere-se ao reinado de D. Afonso V em Portugal, período no qual foram conquistadas as cidades de Alcácer Ceguer (1458), Anafé (1469), Arzila (1471) e Tânger (1471). Sobre a conquista de Arzila e Tânger temos por máxima representação artística as Tapeçarias de Pastrana. Revisitando o tema tentamos inserir a importância desta arte no contexto tardo-medieval, como um discurso visível e épico da presença portuguesa em África em seu viés comemorativo. Símbolos de poder e produção de memória, tanto as narrativas escritas como visuais, colaboram com a projeção de um retrato das conquistas afonsinas como elementos que perpetuam, a longo prazo, a imagem do rei- cavaleiro, evocando os feitos afonsinos em sua essência comemorativa e representativa, contribuindo para a perpetuação deste momento histórico em sua dimensão heroica.

Citação completa

NASCIMENTO, Renata Cristina; TATSCH, Flavia Galli. As tapeçarias de Pastrana e a expansão portuguesa: a construção de uma narrativa épica. Revista Diálogos Mediterrânicos, Curitiba, n. 10, p. 92-112, jun. 2016.