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Poder e memória no Testamento de Don Íñigo López de Mendoza

Don Íñigo López de Mendoza y Quiñones (1442-1515), II conde de Tendilla e I marquês de Mondéjar, foi uma das personagens mais influentes do período dos Reis Católicos (1474-1504). Desde o século XIX, sua vida e seus feitos tem sido analisados sob diversas perspectivas, como a das relações com a realeza, das relações internacionais, da arte da guerra ou da influência na arte de seu tempo. Dentro das várias possibilidades que o tema nos oferece, o presente texto propõe uma aproximação à figura de Don Íñigo López de Mendoza y Quiñones, no seio da aristocracia castelhana, por meio de um estudo do seu testamento e codicilos. Os principais objetivos dos testamentos eram garantir a salvação da alma, conservar a memória individual e da linhagem, premiar aqueles fieis servidores e organizar a transmissão da herança. Dessa forma, apesar de refletirem um momento concreto da vida dos indivíduos, os testamentos permitem a confluência de três tempos: o presente, o passado e o futuro. Nessa perspectiva, o estudo do testamento e dos codicilos do II Conde de Tendilla busca uma aproximação individual – ao Conde –, mas também coletiva – à aristocracia do período dos Reis Católicos. Pretende-se analisar nessas fontes, além da vida e da ideia da morte, as relações de poder, os conflitos e o consenso no seio da linhagem e da família.

Citação completa

VIDOTTE, Adriana. Poder e memória no Testamento de Don Íñigo López de Mendoza. De Medio Aevo, [S.l.], v. 9, n.1, págs. 1-22, 2016.