Na última década, os videogames têm protagonizado uma considerável ascensão como meio de comunicação autônomo e força motriz na modelagem de uma cultura popular. Os eventos históricos – e, dentro deles, a Idade Média – são constantemente abordados, e a influência dessas referências nas concepções leigas acerca da História é cada vez mais presente. Concomitantemente, a postura dos historiadores frente a essas apropriações tende com alguma frequência à hostilidade e ao distanciamento. Este trabalho pretende analisar os diferentes usos da História presentes nos games, buscando distinguir discursos historicizados ou historicizantes de apropriações de signos históricos como alegorias ou topoi da cultura popular. Espera-se posicionar o game como uma fonte relevante para o entendimento do papel da História na era digital e sugerir espaços para futuras pesquisas no campo.