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Herdeiros de Hegel? Historiografia, filosofia política moderna e antipapas medievais (1040-1140)

A palavra antipapa é recorrentemente encontrada no vocabulário dos estudiosos da Idade Média. Antigo e familiar, este termo, todavia, esconde uma atitude intelectual repleta de implicações para o conhecimento do passado. Impregnado de julgamentos, ele nos induz a qualificar, de modo imediato e frequentemente acrítico, o significado histórico de sujeitos, conflitos de poder e relações sociais decisivas para a constituição política da Sé Romana e da Cristandade, sobretudo da assim chamada “Reforma Gregoriana”. Trata-se de uma terminologia difundida, empregada de maneira corrente para enquadrar historicamente a política papal medieval. Entretanto, os estudiosos raramente o interrogam a respeito das implicações intelectuais que carrega para dentro da operação historiográfica. Este artigo consiste num breve exercício de problematização desta questão.

Citação completa

RUST, Leandro. Herdeiros de Hegel? Historiografia, filosofia política moderna e antipapas medievais (1040-1140). Revista Crítica Histórica, v. 4, n. 7, p. 285-313, dez. 2012.