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 O objetivo central desse trabalho é traçar uma caracterização do Estado visigodo entre os séculos VI e VIII, superando certos paradigmas historiográficos que ou projetam para a Alta Idade Média a existência de uma extemporânea estrutura estatal vigorosa ou negam veementemente qualquer expressão sua. A fim de escapar dessas perspectivas procuro considerar o Estado na longa duração, analisando a sua configuração entre os germanos e os romanos, sociedades que grosso modo interagiram e se integraram no advento da Idade Média. Observada essa gênese do Estado, busco demonstrar que ele está dialeticamente associado às relações sociais de produção então em constituição. Suas instituições, dessa forma, reforçavam a exploração sobre o campesinato e a dominância de uma parcela da aristocracia sobre outra. Munido dessas referências é, então, possível abordar as dinâmicas sociais que operaram e reproduziram o Estado na Hispânia alto medieval.

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DAFLON, Eduardo C. Articulando o Estado: Campesinato e aristocracia na hispânia visigótica (séculos vi-viii). 2016. 148 f. Dissertação (Mestrado) - UFF, Rio de Janeiro, 2016.