O tema da vontade foi pouco explorado na antiguidade, entrementes, Santo Agostinho desenvolve suas questões morais, tendo como pressuposto a vontade humana. De certo modo, substitui o intelectualismo moral socrático pelo voluntarismo ético. Este artigo analisará os significados de “vontade” (voluntas) mais salientes nas obras de Agostinho, destacando três definições: a primeira apresenta a vontade como o livre movimento de uma alma racional (motus animi); a segunda considera a vontade como consentimento (consensus); e a terceira entende a vontade como amor (amor/ cupiditas/caritas). O amor é o que de mais profundo podemos dizer do ser humano. A ciência e o conhecimento podem ser de grande importância, mas não podem fazer com que uma pessoa seja boa. Somente o amor é capaz de fazê-lo.
Citação completa
STREFLING, Sérgio Ricardo. A significação do termo vontade nas obras de Santo Agostinho. Revista Dissertatio de Filosofia, v. 41, p. 65-81, 2015.