Escrito em meados do século XIV o livro Viagens de Jean de Mandeville foi um dos mais difundidos em fins da Idade Média. Existem mais 250 manuscritos diferentes em diversas línguas. Para o desenvolvimento da presente pesquisa utilizamos a edição traduzida por Susani Silveira Lemos França. A obra é dividida em duas partes e narra o deslocamento do suposto cavaleiro, Jean de Mandeville, por terras orientais, mesclando o real e o imaginário. Assim, nesta comunicação, buscamos compreender o maravilhoso presente no livro, possuindo como foco, em especial, os monstros com deformidades físicas. Tais seres possuíam diferentes imperfeições, como, por exemplo, orelhas que chegam até o joelho, cabeça de cachorro, pés de cavalo, pedra no lugar dos olhos, entre outros. Em sua grande maioria essas gentes são descritas como habitantes de ilhas, entretanto, também aparecem no deserto e no continente. Utilizaremos autores entre eles, por exemplo, Jacques Le Goff (1985), Claude Kappler (1986), Ana Teresa Pollo Mendonça(2007), Miguél Ángel Ladero Quesada (2007) e outros.
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VOLOSKI, Jorge Luiz; REIS, Jaime Estevão dos. A perspectiva de monstro no livro Viagens de Jean de Mandeville: os seres disformes viventes no Oriente. In: PURIFICAÇÃO, Marcelo Máximo; CATARINO, Elisângela Maura; RIBEIRO, Vagno Batista. (Org.). Novas possibilidades rumo ao futuro das ciências humanas e suas tecnologias. 1ª ed. Ponta Grossa: Atena, 2020. Págs. 1-10.