O estudo das grandes transições goza, nos tempos que correm, de um grau considerável de desprestígio no campo da História. Talvez, não seja difícil divisar as razões de tal absurdo contrassenso – ao menos se consideramos que a essência da disciplina em questão reside no estudo das mudanças, das transformações! Pós-modernismo, negação da cognoscibilidade ou, até mesmo, da existência do real, micro-história, fascínio pelo imobilismo, pelas continuidades e pela resistência à mudança, ‘descritivismo’ mais ou menos denso, imperante, são tendências hegemônicas no campo historiográfico, que ajudam a entender a sensação, quase generalizada atualmente, de que a tentativa de enquadramento dos processos de transição seja uma tarefa extemporânea, uma demanda superada! Proponho-me, neste artigo, a retomar, no contexto da Alta Idade Média Ibérica, a análise da transição da Antiguidade à Idade Média em seus elementos estruturantes fundamentais.
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BASTOS, Mário Jorge. Social conflicts and historical totality in high middle ages (5th-10th century). Acta Scientiarum: Education, Maringá, v. 37, n. 1, p. 27-33, jan./mar. 2015.