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Religião e forças produtivas na Hispania Visigótica

O problema histórico (ou historiográfico?) da transição da Antigüidade à Idade Média deu ensejo, de longa data, a uma abundante e variegada bibliografia inabarcável no breve curso de uma vida. Quaestio longa, vita brevis! Sabemos, todos, da enorme controvérsia que caracteriza a abordagem do tema, constituindo-se a história do período em um verdadeiro campo de proliferação de ensaios e teses. E o que se propõe, no presente artigo, não é, a rigor, se não mais um exercício de racionalização! Ato contínuo a um breve balanço historiográfico, especialmente dedicado à consideração crítica de alguns dos autores que atribuíram algum “peso” e “papel” relevantes à religião no processo da transição, abordarei a implantação do regime senhorial na Hispania Visigótica, entre os séculos V ao VIII, situando, no quadro do exercício de novas formas de poder e da sua contestação, as diversas e contraditórias manifestações da religiosidade do período, concebendo-as como expressões de um “campo” primordial à estruturação das sociedades humanas, aquele que se refere às relações estabelecidas pelos homens com a natureza.

Citação completa

BASTOS, Mário Jorge. Religião e forças produtivas na Hispania Visigótica. Brathair, São Luís, ed. especial, n. 1, p. 52-64, 2007.