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Quando a borda não enquadrava: as transgressões nas miniaturas de manuscritos medievais

A importância da moldura para a imagem está diretamente ligada à “instauração do quadro” ocorrida no final do Renascimento. Mas nem por isso nos séculos anteriores deixava de haver algum tipo de separação entre as imagens e o que lhes cercava. No caso das miniaturas medievais de que nos ocupamos, podemos chamar tal delimitação de borda, que em geral tomava a forma de linhas, mais ou menos ornamentadas. No entanto, tal elemento, apesar de indicar uma separação, não deixava também de fazer parte da imagem, tomando parte de sua economia. Isso fica particularmente claro nos casos de ultrapassagem das bordas. Longe de serem vistos como erros ou indícios de falta de habilidade por parte do artista, trata-se de efeitos desejados, que participam do modus operandi das imagens, como iremos analisar.

Citação completa

PEREIRA, Maria Cristina. Quando a borda não enquadrava: as transgressões nas miniaturas de manuscritos medievais. In: Encontro Regional de História da ANPUH-RJ, 15, 2012, São Gonçalo. Anais do XV Encontro Regional de História da ANPUH-RJ. São Gonçalo: Anpuh-RJ, 2012.