Lançar o olhar para a história da assistência na Idade Média é uma tarefa de alteridade, de entendimento de uma realidade completamente diversa e fortemente influenciada pela caridade cristã. Durante toda a Idade Média, o assistencialismo não contou com uma estrutura centralizada que se encarregasse de gerir o apoio a doentes, pobres e desamparados. As iniciativas são quase sempre individuais, de pessoas que agem como “o pecador que busca a redenção”. Afinal, na época, acreditava-se que a “esmola matava o pecado” e era utilizada como instrumento de salvação da alma. A análise presente neste artigo recairá nos quadros assistenciais da Idade Média, iniciando uma reflexão sobreo papel dos pobres e doentes e da caridade no mundo medieval e em Portugal. O artigo apresentará, portanto, a história do desenvolvimento das instituições de assistência aos pobres e desvalidos do medievo português – hospitais, albergarias, gafarias, mercearias, confrarias etc.
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SILVA, Priscila Aquino. Por uma História da Assistência Medieval - o caso de Portugal. Sinais Sociais, Rio de Janeiro, v. 8, n. 23, p. 87-120, 2013.
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