Este artigo debate o trabalho de um grupo de pesquisa no Instagram: o Laboratório de Estudos Medievais (LEME), em seu núcleo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ele problematiza: a projeção científica nas redes sociais é capaz de ensejar uma construção pública do conhecimento histórico? O debate é feito em quatro etapas: 1) discussão teórica sobre a relação entre a História Pública e as mídias digitais; 2) descrição do método de trabalho do LEME/UFPE, inserido nessa interface; 3) análise dos dados fornecidos pelo “painel profissional” do Instagram; 4) reflexão, a partir dos relatos dos discentes que participam do projeto, sobre como tem sido a experiência de fazer uma pesquisa cujos processos e produtos se desenvolvem majoritariamente em meios digitais. Como resultado, o trabalho formula uma hipótese: o trabalho nas redes sociais serviria mais para a formação dos discentes-pesquisadores do que para a formação do público-alvo das postagens.