clear

Eternidade em Agostinho, interioridade sem sujeito

O lugar da meditação sobre eternidade e tempo nas Confissões de Agostinho, ao fim dos livros autobiográficos, mostra que se trata de uma reavaliação e transformação do papel do espírito, contrariamente a um primado da subjetividade. O “eu” confessional vai descobrindo que nem eternidade nem tempo são seus objetos. O tempo, porque é um enigma que integra a condição da alma racional, lançada na exterioridade. A eternidade, idêntica à sabedoria divina, ao invés de ser apreendida pela razão finita e decaída, será o padrão de interioridade que moldará a ciência e a vontade humanas.

Citação completa

NOVAES, Moacyr. Eternidade em Agostinho, interioridade sem sujeito. ANALYTICA (UFRJ), Rio de Janeiro, v. 9, n.1, p. 93-121, 2005.