O tema central deste artigo é a participação de homens não religiosos nos processos de canonização de Luís de Anjou e Tomás de Aquino, ocorridos entre 1308 e 1323. Trinta e três depoimentos no primeiro caso e 43 no segundo produziram um corpus de catorze interrogatórios. Apontam-se características comuns a esse corpus e a excepcionalidade do depoimento de Bartolomeu de Cápua, principal funcionário da administração régia no processo de Tomás de Aquino. Trabalhou-se com conceitos de beata stirps e tempo de palavra. A conclusão aponta para os usos políticos das canonizações pelos angevinos no Reino de Nápoles.
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TEIXEIRA, Igor Salomão. Duas canonizações napolitanas? Tomás de Aquino e Luís de Anjou (1308-1323). Tempo, Niterói, v. 25, n. 1, p. 88-109, 2019.