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O Messianismo na Legitimação Simbólica de D. João I (1383-85/1433)

A ascensão da Dinastia de Avis em Portugal colocou no poder o bastardo D. João I, vencedor da assim chamada Revolução de Avis. Após a sua morte, para consolidar a transmissão do poder a seus descendentes, era necessário elaborar uma cuidadosa justificativa de seu governo, tornando-o, no plano simbólico, legítimo. Tal tarefa coube ao cronista régio Fernão Lopes que, na Crónica de D. João I, utilizou-se da religiosidade medieval e da expectativa de final dos tempos para justificar o novo rei. Lopes apresenta no documento uma série de sinais e milagres, acolhendo-os como confirmação da escolha divina do novo monarca, e apresenta o combate entre D. João de Portugal e D. João de Castela como a luta entre o Messias de Lisboa e o Anticristo.

Citação completa

ZIERER, Adriana. O Messianismo na Legitimação Simbólica de D. João I (1383-85/1433). Politéria: História e Sociedade, [S.l.], v. 6, n. 1, p. 123-148, 2006.