O presente artigo tem por objetivo dar continuidade a pesquisa que desenvolvemos como um aspecto secundário em nossa tese de doutorado defendido no Programa de Pós-graduação em História Comparada no âmbito do Programa de Estudos Medievais. Nossa abordagem pretende sublinhar o papel exercido pelo idoso no episcopado visigodo no século VII. Para tal, utilizaremos como principal fonte de pesquisa as cartas do bispo Bráulio de Saragoça, e apoiaremos o seu entendimento a partir de escritos de Isidoro de Sevilha e das atas conciliares de Toledo no século VII. Realçaremos que o idoso, apesar de caracterizado por dores e dificuldades, assume por meio do seu papel simbólico uma posição de relevo no episcopado visigodo. Acreditamos que o processo de transformação e fortalecimento da Igreja local foi um fenômeno complexo, com vertentes diversas, e aqui apresentamos um destes múltiplos pontos de pesquisa, pensando em o que se entendia sobre ser idoso e o seu papel.