Ao longo do século VII, o reino hispano-visigodo de Toledo foi palco de diversas tentativas de usurpação do poder régio por parte de segmentos aristocráticos e nobiliárquicos rivais ao rei e aos seus mais próximos aliados políticos. Atitudes que reforçam a ideia, presente na historiografia, da incontrolável sanha infiel de importantes grupos aristocrático-nobiliárquicos contra o monarca reinante e contra o reino. Esta tendência à traição, com a ruptura dos juramentos de fidelidade prestados ao rei, denominada como o morbo gothorum, aparece nas fontes como uma autêntica “enfermidade política” que enfraqueceu a instituição monárquica hispano-visigoda, levando o regnum gothorum à confrontação interna e a consequente desaparição no início do século VIII.
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FRIGHETTO, Renan. Quando a traição torna-se uma enfermidade: a infidelidade política e a prática do morbo gothorum no reino hispano-visigodo de Toledo (século VII). Revista Signum, v. 17, n. 1, p. 116-135, 2016.
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