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Ockham comentador de porfírio: sobre a metafísica na querela dos universais

Em sua Exposição da Isagoge, Guilherme de Ockham argumenta que as questões que Porfírio se recusa a responder logo no início de sua Introdução para as Categorias de Aristóteles pressupõem uma discussão metafísica cuja tese fundamental é a defesa da singularidade de tudo o que existe. Pretendemos mostrar que dessa tese metafísica seguem-se duas conclusões: a impossibilidade de qualquer existência extramental para o universal bem como a conclusão de que o universal é, fundamentalmente, um signo mental natural. Como veremos, nessa Exposição, essas conclusões prescindem tanto de qualquer discussão a respeito do fundamento ontológico da semelhança que nos permite ordenar indivíduos em gêneros e espécies, quanto de qualquer discussão a respeito do que fundamenta o caráter naturalmente comum do próprio signo universal.

Citação completa

OLIVEIRA, C. E.; OCKHAM COMENTADOR DE PORFÍRIO: SOBRE A METAFÍSICA NA QUERELA DOS UNIVERSAIS. ÉTICA E FILOSOFIA POLÍTICA, v. 3, p. 80-108, 2019.