A Filosofia Judaica, especialmente a desenvolvida durante o período medieval, é pouco estudada no Brasil, assim como todas as variações da filosofias não-cristãs. Até há pouquíssimo tempo, ao falarmos em filosofia medieval, pensávamos quase automaticamente em filosofia cristã. A partir do esforço, iniciado na Europa, de incorporação das contribuições não cristãs à história oficial e à história do pensamento, abre-se um certo espaço para o estudo da contribuição de outros povos, em especial, da herança islâmica e judaica na formação cultural e filosófica do Ocidente. Para nós, na América Latina, o estudo desta produções, bem como as modificações dele decorrentes para a História da Filosofia, é de fundamental importância, tendo em vista a massiva participação mediterrânea na colonização e imigração que formou a população colonial. Nesse contexto, ainda que tardiamente, estas expressões filosóficas começaram a ser estudadas no Brasil e, como consequência disso, as universidades passaram a buscar profissionais que não se limitassem ao pensamento cristão.
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CAVALEIRO DE MACEDO, Cecilia Cintra; SAVIAN, Juvenal (Org.). Filosofia Judaica em Diálogo. 1. ed. São Paulo: Garimpo, 2016.
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