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Na academia Brasileira, as pesquisas sobre vikings e escandinavos da última década estiveram inicialmente subordinadas aos estudos germânicos, um espaço promovido pelo Brathair, seja na forma de publicações mantidas pelo seu periódico, seja pela presença em cursos, oficinas e atividades realizadas nos eventos promovidos por esse grupo. Atualmente, a escandinavística nacional vem assumindo um caráter de inegável amadurecimento, especialmente pela criação do neve, o núcleo de estudos vikings e escandinavos, entidade que agrega a maioria dos pesquisadores presentes nessa coletânea. Os estudos refletem a tendência geral da historiografia escandinavística no país. A maioria ainda tem um vínculo muito forte com os estudos de mitologia e religião, talvez um dos temas mais populares envolvendo a temática até nossos dias. Outro viés de forte tradição acadêmica que vem cada vez mais sendo pesquisado em nosso país, são os estudos das sagas islandesas, desdobrando-se em perspectivas das mais variadas, como podemos perceber em alguns capítulos desta obra. A presente obra é complementada com perspectivas extremamente importantes para a área, como os estudos sobre a Escandinávia e o leste europeu, além de um amplo levantamento da toponímia nórdica nas ilhas britânicas. Há ainda dois estudos sobre os temas de ressignificação, que recebem grande apelo popular, assim como uma tradução de um conto islandês medieval.

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BIRRO, Renan; LANGER, Johnni (orgs.). Escandinávia medieval. Vitória: DLL/UFES, 2012.