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As práticas mágicas em Castela no Colírio da fé contra as heresias de Álvaro Pais no século XIV

Álvaro Pais iniciou a redação do Colírio da fé contra as heresias entre os anos de 1345-1348. O texto enquadra-se no gênero das obras apologéticas do século XIV e, segundo o autor, tinha como objetivo precípuo combater toda e qualquer maldade herética e coibir os erros novos e velhos que, como uma peste, acometiam os reinos de Portugal e Castela, na primeira metade do século XIV. Seu intuito era “tentar ungir e curar os olhos de todos os fiéis”. No Colírio, cada artigo abrange um erro ou uma heresia consistindo na sua descrição pormenorizada e na sua conseqüente refutação, um útil instrumento pastoral, e um instrumento prático eficaz para os sacerdotes objetarem as heresias com base na Teologia e no Direito. Para tanto, o frade galego recolhe seus argumentos nas Sagradas escrituras, no Corpus Iuri Canonici e em obras dos Padres da Igreja, dentre eles Martinho de Braga e Isidoro de Sevilha, deste último compila literalmente o Liber oitavo das Etimologias. O objetivo deste artigo é a análise do pensamento de Álvaro Pais acerca da presença de astrólogos e adivinhos, mágicos, encantadores, agoureiros, nigromânticos e agentes, cujas práticas eram consideradas pecados contra fé, portanto, heresias que deveriam ser extirpadas daquela sociedade.

Citação completa

SOUZA, Armênia Maria De. As práticas mágicas em Castela no Colírio da fé contra as heresias de Álvaro Pais no século XIV. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais, [S. l.], v. 5, n. 10, 2015.