O objetivo deste artigo é apresentar Artur nas fontes medievais latinas e célticas. É possível perceber que a imagem de guerreiro apresentada por Nennius (c. 800) muda para a de rei cristão a partir da Historia Regum Britanniae (1135-1138), de Geoffrey de Monmouth. Também apresento Artur na literatura céltica (no conto Kuwlch e Olwen), no poema Gododin, de Aneirin (c. 600) e em Preideu Annwvyn (Os Despojos do Outro Mundo), (do século X), sobre uma fracassada viagem de Artur ao Outro Mundo em busca do caldeirão da abundância. Em todas essas narrativas predominam os seguintes aspectos do rei mítico: valentia, generosidade e força, valores estes que continuaram em obras posteriores sobre Artur desenvolvidas na Baixa Idade Média. É também possível perceber que o mito do Graal e sua relação com Artur tem sua origem na literatura céltica.
Citação completa
ZIERER, Adriana. Artur: de Guerreiro a Rei-Cristão nas Fontes Medievais Latinas e Célticas. Brathair, [S.l.], v. 2, n. 1, p. 40-54, 2002.