Neste artigo pretende-se fazer um exercício que permita levantar questões em torno ao conceito medieval de territorialização, por meio da tensão entre o discurso e a prática que emerge dos registros documentais, dos séculos XII e XIII, de três mosteiros de fundação nobiliárquica do antigo reino de Leão. Evidencia-se a dificuldade de encontrar a correspondência nominalista entre territorialização e instituição. O conceito de instituição, tal como o de territorialização, necessita ser entendido numa perspectiva histórica. Assim, destaca-se uma experiência de vinculação ao território e de seu domínio, na qual os atores e os grupos confundem-se, a nossos olhos, em várias instituições. São partes de um todo, extremamente complexo, difícil de ser apreendido em esquemas sistêmicos e nominalistas.
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COELHO, Maria Filomena. A territorialização de ’mosteiros nobres’: experiências de assentamento e de domínio (Leão, séc. XII-XIII). Revista Territórios & Fronteiras, Cuiabá, v. 5, n. 1, p. 34-56, jul./dez. 2011