Santa Senhorinha de Basto, segundo a tradição hagiográfica, foi uma religiosa de origem nobre que viveu no século X, na Galiza. Narrando a sua trajetória, morte gloriosa e milagres, foram compostas três obras no medievo: Vita Beatae Senorinae Virginis (VSS) , Alia Sanctae Senorinae Vita (AVSS) e Vida e Milagres de Santa Senhorinha (VMSS). Estes textos foram preservados por cópias datadas entre os séculos XVI e XVII, que sofreram a ação dos editores. Neste sentido, há diversos debates acerca do processo de composição, circulação e transmissão destas obras. Meu objetivo com este texto é contribuir para esta discussão, apresentando os resultados de um exercício interpretativo, que busca articular as relações entre escrita hagiográfica, patronato literário e a categoria gênero.
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SILVA, Andreia Cristina. Escrita hagiográfica, patronato literário e a categoria gênero: uma leitura das vidas dedicadas à Santa Senhorinha de Basto. In: BOGUSZEWICZ, Maria; GONZÁLEZ, Ana Garrido; FERNÁNDEZ, Dolores (orgs.). Identidade(s) e xénero(s) na cultura galega: unha achega interdisciplinaria. Varsóvia: Instituto de Estudos Ibéricos e Iberoamericanos da Universidade de Varsovia; Secretaría Xeral da Política Lingüística da Xunta de Galicia, 2018, p. 437-462.
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