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Saberes e Artes na Universidade Medieval: Boaventura de Bagnoregio e a ciência do século XIII

Em meados do século XIII, Boaventura de Bagnoregio (1221-1274), proeminente teólogo e chefe da Ordem Franciscana por 16 anos, enunciava de maneira otimista a potencialidade humana para conhecer. Para o frade, o homo capax não só era habilitado como também destinado a atingir a Verdade. Em sua trajetória como mestre na Universidade de Paris, Boaventura desenvolveu esse princípio, ao mesmo tempo em que interveio no debate sobre a presença dos Mendicantes na universidade e sobre a função social de sua prática religiosa. O percurso descrito por sua carreira viabilizou discussões de caráter político e teológico, em meio à célebre contenda com os mestres seculares, mas também produziu obras emblemáticas da filosofia medieval, a partir da associação entre os fundamentos da patrística e as estruturas da escolástica. Neste trabalho, pretendemos, a partir do estabelecimento de um autêntico pensamento científico de Boaventura, esboçar uma análise do locus desse personagem na sociedade e na Universidade de seu tempo.

Citação completa

MAGALHÃES, Ana Paula. Saberes e Artes na Universidade Medieval: Boaventura de Bagnoregio e a ciência do século XIII. Brathair: Revista de Estudos Celtas e Germânicos, São Luís, v. 17, n. 2, p. 86-97, 2017.