Este artigo apresenta conclusões parciais de uma pesquisa em andamento financiada pela Faperj, intitulada Hagiografia, sociedade e poder: um estudo comparado da produção visigótica e castelhana medieval. A referida investigação, de caráter coletivo, tem como principal objetivo comparar, em perspectiva sincrônica e diacrônica, quatro textos hagiográficos produzidos na península ibérica, em períodos e conjunturas distintas do medievo, a saber, no reino visigodo e no reino de Castela. As obras em análise são Vita Sancti Aemiliani (VSA), Vita Sancti Fructuosi (VF), Vita Dominici Siliensis (VDci) e Vida de San Millán de la Cogolla (VSM). No presente texto, optamos por comparar a Vita Sancti Fructuosi (VF) e a Vita Dominici Siliensis (VDci), já que do conjunto selecionado pela pesquisa estas se relacionam diretamente ao universo monástico: Frutuoso, o protagonista da VF, e Domingo, o biografado na VDci, viveram experiências cenobíticas. Assim, interessa-nos aqui enfocar as comunidades monásticas e seus membros tendo como referência central os vínculos que estabelecem com os reis e a nobreza. Na observação das relações de poder instituídas por tais atores, importa-nos identificar e analisar as diversas estratégias que elaboram para influenciar, oprimir, controlar, resistir, enfim, interagir uns com os outros.
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SILVA, Andréia Cristina; SILVA, Leila Rodrigues da. Relações de poder na Vita Sancti Fructuosi e na Vita Dominici Siliensis: santos, monges, reis e nobres em duas hagiografias ibéricas. Brathair, São Luís, v. 11, n. 2, p. 43-57, 2011.
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