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‘Escassez’ ou ‘abundância’: um falso problema? Considerações sobre a economia dominial

Desde a publicação póstuma de Maomé e Carlos Magno, passando por Guerreiros e Camponeses, de Georges Duby, até os livros de Pierre Toubert, L’Europe dans sa première croissance, de Chris Wickham, Framing the Early Middle Ages, e de Jean-Pierre Devroey, Pusissants et misérables, todo o debate acerca da economia dominial se concentra no volume de recursos disponíveis. Pirenne e Duby sustentam que a escassez de meios técnicos era a principal característica dos primeiros séculos da Idade Média. Já Toubert, Wickham e Devroey acreditam que houve relativa abundância da produção agrícola. No entanto, “Abundância” ou “escassez” constituem alternativas insuficientes para se elucidar a questão da economia dos primeiros séculos da Idade Média. O objetivo desta apresentação é destacar a importância das relações dos atores econômicos com os recursos que tinham à disposição, fossem eles escassos ou abundantes. No estágio atual das pesquisas sobre as sociedades pré-capitalistas, compreender a relação com os recursos é mais importante do que simplesmente “quantificá-los”.

II Simpósio do LARP – Atualizando o passado romano: pesquisa, educação e as humanidades digitais

Vídeo disponibilizado pelo canal do Laboratório de Arqueologia Romana Provincial (LARP-MAE/USP)

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CÂNDIDO DA SILVA, Marcelo. Conferência (18:59 min). “Escassez” ou “abundância”: um falso problema? Considerações sobre a economia dominial. Youtube - LARP MAE / USP, 28 fev. 2019. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=cSsk1yM54K8.