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As disputas pelos bens eclesiásticos na Gália merovíngia (séculos VI-VII)

A historiografia preocupa-se desde o século XIX com a compreensão das relações de poder na Idade Média, sendo que a partir de meados do século XX os historiadores passaram a considerar o acúmulo de bens como uma forma de poder. Isso permitiu que as relações do episcopado e da Igreja com seus bens fossem discutidas como relações de poder. Assim, este será o objeto de estudo deste trabalho que analisará e comparará dois testamentos episcopais: o de Cesário de Arles, da metade do século VI, e o de Bertrand de Mans, de 616. Relacionar esses dois documentos e os Concílios Merovíngios também será imprescindível, uma vez que são encontrados vários cânones que pretendem normatizar o tratamento dado pelos bispos aos bens, referindo-se, em grande parte, à proteção dos bens eclesiásticos. Dessa forma, o foco estará na compreensão da existência ou não de conflitos em torno dos bens, auxiliado pelo estudo do problema da ambiguidade das relações entre os bens dos bispos e das igrejas, ou seja, por aquele em que há a preocupação com uma separação entre tais bens.

Citação completa

ROSA, Karen Torres da. As disputas pelos bens eclesiásticos na Gália merovíngia (séculos VI-VII). In: Workshop Perspectivas de Estudo em História Medieval no Brasil, 2011, Belo Horizonte. Anais do Workshop Perspectivas de Estudo em História Medieval no Brasil, Belo Horizonte: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 2011, p. 16-30.