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A política centralizadora de D. Dinis e a resistência nobiliárquica de D. Afonso e seus herdeiros

D. Dinis, sexto rei de Portugal, governou entre os anos de 1279 e 1325. Tanto as fontes históricas, compostas por crônicas de autores do período medieval e moderno, como os medievalistas portugueses da contemporaneidade, entendem o reinado dionisino como o auge do poder político da Coroa Portuguesa na Idade Média. Diante desse posicionamento historiográfico, as grandes obras de referência para o estudo do medievo português centram sua atenção nas ações desse rei – marcadamente suas vitórias no âmbito da política peninsular e nos conflitos com a Santa Sé, assim como a centralização do poder régio no âmbito interno de seu reino –, dedicando pouca atenção a personagens aparentemente secundários, mas que se mostram relevantes para a compreensão daquela realidade histórica. Resultado das pesquisas do professor Me. Carlos Eduardo Zlatic, este livro busca resgatar um personagem histórico que pouco tem recebido atenção da historiografia portuguesa: o infante D. Afonso. Nascido em 1263, esse nobre protagonizou três revoltas consecutivas contra seu irmão, D. Dinis, rei de Portugal. Ainda que tenha sofrido subsequentes derrotas, o revolto buscou ampliar seus poderes nobiliárquicos recorrendo a alianças matrimoniais com os mais poderosos membros da nobreza de Castela, tornando ainda mais complexas das relações políticas do monarca português no âmbito ibérico.

Citação completa

ZLATIC, Carlos Eduardo. A política centralizadora de D. Dinis e a resistência nobiliárquica de D. Afonso e seus herdeiros (1271-1315). 1ª ed. Curitiba: Editora CRV, 2013.