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A busca pelo Graal nos escritos de Otto Rahn: do entusiasmo pseudo-historiográfico à ideologia nazista

O Graal e suas propriedades mágicas e a ideologia da raça: é no encontro desses dois espaços que está a obra de Otto Rahn. Para uns, dentro de um universo de idealizações, o Indiana Jones alemão, para outros, no campo da deslegitimação, o nazista lunático. Em realidade, um indivíduo de seu tempo. Esse artigo busca compreender as construções narrativas em torno do Graal e a ideologia nazista nas duas obras de Otto Rahn, a saber, Kreuzzug gegen den Gral: Die Geschichte der Albigenser (1933) (Cruzada contra o Graal. Grandeza e queda dos Albingenses) e Luzifers Hofgesind: eine Reise zu den guten Geistern Europas (1937) (A corte de Lúcifer: Viagem ao coração da mais alta espiritualidade europeia), tendo como ponto de contato a circulação de imagens acerca do Graal (via Parzival, de Wolfram von Eschenbach e Parsifal, de Richard Wagner) durante a década de 1930 na Alemanha. Analisar-se-á, portanto, a instrumentalização do Graal nas obras de Rahn.

Citação completa

SILVA, Daniele Gallindo Gonçalves. A busca pelo Graal nos escritos de Otto Rahn: do entusiasmo pseudo-historiográfico à ideologia nazista. Revista Antíteses, Londrina, v. 13, n. 26, p. 250-275, 2020.